Por que ser estudante de EAD - Educação a Distância?


Que existe ainda preconceito contra EAD - Educação (ou ensino) a Distância isso é fato. Estranho falar de preconceito e  discriminação a algo, quando o objeto de estudo é justamente o "Serviço Social" que vai contra essas mazelas da sociedade. Bom, são as contradições da vida.

Mas o foco deste texto não é o preconceito com a EAD, mas por que optar por este modelo de ensino. Creio eu que o EaD na maioria dos casos não é uma opção, mas uma solução. Sim. No meu caso por exemplo, o Ensino a Distância foi a solução que precisava para ingressar na faculdade.

Em 2009 passei no vestibular de licenciatura em matemática pela UFBA através da UAB, Universidade Aberta do Brasil, que visa expandir o ensino superior a regiões pouco atendidas pelas universidades convencionais. A proposta é bastante interessante, e teria tudo para ser sucesso, se não fosse uma série de transtornos que a nossa turma (a primeira, começamos a nos rotular de "ratos de laboratório" por isso), começou a passar por falta de organização do sistema. Isso foi me angustiando a ponto de pensar em um novo caminho para mim.

E foi o que fiz. No segundo semestre de 2010 me inscrevi no PROUNI com a nota obtida no Enem de 2009 e consegui uma bolsa de estudos em Serviço Social pela Unopar, e desisti (tive que optar por normas do sistema) de Licenciatura em matemática. Estando no 6º semestre de Serviço Social agora em 2013.

Poderia ter optado por uma universidade presencial. Talvez. Aqui em Bom Jesus da Lapa há um polo da Universidade Estadual da Bahia - UNEB. Porém só oferece presencialmente cursos de Pedagogia e Administração. Nem preciso dizer que a cidade está saturada destes profissionais. Estudantes que se formam em administração estão estudando para serem vendedores em lojas. Enfim.

Mas este nem é o maior problema a enfrentar neste caso. Moro na zona rural cerca de 50 Km da cidade, o que inviabiliza a ida e vinda todos os dias (de segunda a sábado) para a Universidade presencial. Outro detalhe é que preciso trabalhar para me manter. Nem teria tempo para ir à faculdade todos os dias, nem o que ganho cobriria os custos dessas viagens.

Por que então não fazer um curso EAD?


Decidi que quem faz o curso é o aluno. A Unopar por exemplo é uma universidade séria e todos os seus cursos são reconhecidos pelo MEC. A única diferença é a forma como o aluno lida com o conhecimento. Todo o resto é igual. Conteúdos de alto nível, excelente material didático, professores capacitados, além, é claro, da possibilidade de conciliar minha vida profissional e pessoal com meus estudos, já que a rotina de estudos na modalidade EaD é mais flexível que a presencial.

Hoje no sexto semestre, estou feliz por ter tomado esta decisão. Se tudo ocorrer dentro do previsto, no primeiro semestre de 2014 termino meu curso tão preparando quanto qualquer outro estudante do ensino presencial.

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6 Response to "Por que ser estudante de EAD - Educação a Distância?"

  1. birenia says:

    Danilo,eu sou de Ilhéus e faço Serviço Social,estou no 2º semestre,soube hoje por uma aluna do 5º semestre que a dificuldade de estágios aqui na minha cidade também está alarmante,chegaram a dizer a ela que o motivo seria a própria instituição de ensino que teria alguma irregularidade com o CFESS,gostaria de saber de você que está perto da conclusão do curso,vale a pena eu me arriscar e investir,correndo o risco de chegar la na frente não conseguir um estágio e perder tudo?!Estou com muito medo dessa situação,apesar de ter me identificado com o curso e estar progredindo meu conhecimento em diversas áreas.
    Att,
    Bárbara

    Anônimo says:

    Absurdo, comparar um educação presencial com EAD é piada...Pior é dizer que "que quem faz o curso é o aluno", enfim...E o debate? as discussões em sala que de fato é o que nos faz crescer profissionalmente. Tirando o fato de que na educação presencial, sobretudo a estatal, geralmente os professores são todos doutores, bem preparados. No EAD são alguns profissionais recém-formado, no máximo com alguma especialização, que fazem as correções. Texto descolado da realidade e de crítica a esse sistema de ensino mercantil. Quem ganha? o capital, claro. Quem perde? a classe trabalhadora que tem que ser atendido por um profissional desqualificado. Triste!

    O EAD veio para inclusão de pessoas ao ensino superior e não há nenhum problema nisso, visto que, para algumas pessoas como eu, é a única forma de se obter um diploma. Estudo em uma universidade séria, e percebi que a responsabilidade é do aluno em sair qualificado, assim como em inúmeras escolas de ensino presencial. Uma não é mais qualificada que a outra e vice-versa. Acontece, que eu curso Serviço Social EAD... O problema não é o EAD, mas a não-aceitação da classe de Assistentes Sociais ao EAD. Estamos sofrendo discriminação por estudarmos nessa modalidade de ensino, tanto que minhas colegas estão tendo sérias dificuldades em conseguir estágio, mesmo com uma supervisora a nossa disposição! Não adianta a prefeitura assinar um convênio se comprometendo oferecer oportunidades de estágio, se as Assistente Sociais não querem nos receber! A ordem é receber apenas estudantes de cursos presenciais e de preferência, de instituições de ensino público! Isso é um absurdo, no mínimo contraditório, vindo de uma classe que historicamente vem lutando por inclusão de direitos, se posicionar de maneira preconceituosa em relação às pessoas que tem como única oportunidade o EAD! Se esse é o problema, então porque tem no site do CFESS a cartilha de exigências do conselho para "liberar" o curso na modalidade EAD? Por que o MEC autorizou? Não estariam eles também aderindo ao que chamam de "mercantilização da educação"? Se o que incomoda à categoria é o fato de que no ensino presencial, temos a oportunidade de debater sobre os diversos assuntos sociais, culturais e políticos, fiquem conscientes que temos encontros semanais, muito ricos, de troca de conhecimento. E quanto ao fato de não sabermos argumentar ou debater, já provei que estão enganados. Os Assistentes sociais estão dormindo. "Lutam" por inclusão, mas estão excluindo. São contra a discriminação e o preconceito. Será? Temos de denunciar já! Acredito em uma nova geração de Assistentes Sociais mais preocupados com a prática da inclusão de direitos.

    Jordana says:

    Não vejo problema algum em fazer um curso EAD. Eu fiz uma graduação presencial e outra EAD. Fiz também uma especialização presencial e também EAD. Agora estou fazendo um mestrado presencial. A qualidade está na dedicação do estudante seja no regime de aulas presenciais ou a distância. As aulas à distância são tão ricas quanto presenciais. Mas, em minha opinião, as aulas em EAD são muito mais proveitosas, pois posso assisti-las no conforto de minha casa e quantas vezes eu quiser. E concordo plenamente com o comentário de Danielle Nicodemos.

    Nito says:

    Acho EAD muito bom. Principalmente para mim que trabalho muito. E por causa dessa facilidade de acesso à educação que eu consegui subi de cargo na empresa. Fiz dois cursos de graduação EAD, fiz um pós EAD. E agora estou fazendo um mestrado EAD. Muito bom mesmo.

    Unknown says:

    Acredito que por suas palavras seja assistente social. O que vc acha, estudar EAD ou ficar alienado ao capital, por falta de conhecimento?

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